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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sei de muitas palavras

Sei das palavras
que tempero a teu jeito.
Sei das mesmas
que imperam por defeito.
Sei de outras
que não escrevo por despeito.
E sei as que me disseram…
se as emitir sou suspeito!...

Sei das palavras
que muitos não dizem por preconceito.
Sei também daquelas
pelas quais sempre espreito.
Sei das fortes e maléficas
a que no quotidiano estou sujeito.
Sei dos traumas que nos causam
as que nos põem desfeitos.

Sei das palavras
que te dirijo.

Daquelas
com que me falas…

Por isso
sei de ti quando te atinjo.

De mim…
vagueio entre elas!...

António MR Martins

Entrega




Faz amor comigo faz...
Dedilhando os poros de minha pele,
Abusando do arrepio que causa
Passeando no meio do meus beijos.

Arranca um gemido, abafado por seus lábios
Magoa minha pele com seus carinhos,
Invade os sentidos domina minhas forças
Faça verter o prazer do meu corpo.

Entrega minha, dominando você.
Sendo tua, faço-te meu.
Entrou e esqueceu de sair
Em meu ser viverás!

Poder da palavra

Amor sem limites


Quando o amor
se deixa dormir,
acordo-o!

Não posso viver
sem ele a funcionar!

Muitos esperam
a minha palavra,
o meu carinho
até
a minha tolerância!

A todos acudo.
Para uns
basta a minha presença,
o meu olá,
ou um até breve!
Para outros
um conselho,
uma prece,
uma esperança.

Para mim
fica o consolo
do bem procurar
e o mal evitar!

Para mim
fica o que basta,
não importa…

dou
o amor sem limites…

José Manuel Brazão


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mão forte




Do Sol a energia
da Lua a luz
da Terra o alimento
da água a vida.

De você o carinho
a mão forte, o alimento
da alma.
A precisão das palavras
a influente presença.

De mim o agradecimento
por estar sempre por perto.

Poder da palavra

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um Anjo veio amar-me em sonho




Só uma reflexão: No amor conjugal, a intervenção do corpo dá um carácter irreversível à relação de entrega. Com efeito, quando uma pessoa entrega o corpo, é porque se entrega a si própria em plenitude. Mas quando uma pessoa entrega de verdade a alma, tem de ter em conta que implica a totalidade da vida.
(Mikel Santamaría Garai)

__________________________________

Por a pessoa ser corpo e espírito, o seu amor realiza-se com o tempo, mas é, em si mesmo, para sempre. Ou uma pessoa se entrega para sempre ou não se entregou a si próprio. E, se se entregou, já não se possui a si mesmo em propriedade exclusiva, pois deu o coração e o corpo a outra, que, por sua vez, lhos deu a ele.
(Mikel Santamaría Garai)
__________________________________

O amor humano autêntico é uma entrega total da própria pessoa: alma, coração, corpo, toda a própria vida, presente e futuro. Quando duas pessoas se amam, sabem que vão compartilhar toda a sua vida. O casal é isto: um com uma para sempre, em tudo, para terminar nos filhos. Já não são dois, mas uma só carne e uma só vida. Antes eram duas vidas independentes que, de vez em quando, coincidiam. Agora estão intimamente ligados, a vida de um é inseparável da do outro. Até nas coisas mais concretas.(Mikel Santamaría Garai)

Rosangela Colares

Pedra no caminho


Cada pedra que encontro no meu caminhar,
recolho, para moldar meu castelo de rochas.

Poder da palavra


Por vezes uma pedra no nosso caminho parece um obstáculo, mas é um sinal para o nosso destino!
José Manuel Brazão

domingo, 26 de julho de 2009

Agora e sempre!


Sempre juntos
na Vida!

Unidos
pelo sangue,
pelo querer,
por uma vida comum,
pela sensação
dum viver,
que nos sensibiliza
sem limites,
com toda a nossa força;
uma força interior!

No pensamento
o amor
vivido em décadas,
sempre crescente,
acalentando em cada um,
o melhor para o outro!

O sol, a Lua e Ele
nos sorrirão,
até que um dia…
… ficaremos
irmãos eternos,
hoje aqui
e num amanhã Além!

José Manuel Brazão

No meu pensamento o meu Irmão, agora e sempre!

sábado, 25 de julho de 2009

Pobre Poeta... do amanhã!


Escreve
como se sonhasse,
se vivesse
num mundo de encanto,
de ternura e amor!

Escreve
para alimentar a alma
de quem o lê,
recebendo
gestos de amor!

Escreve poemas
para aliviar os dilemas;
os seus
e dos outros…

Se não escrever,
morrerá a alma do Poeta,
ficando apenas:
um homem,
uma vida
e um pobre Poeta
agonizante…

Apagam-se as luzes…
Mas ficou a honra!

José Manuel Brazão

* Aos Poetas para quando já não houver “aplausos”. Até lá sejamos dignos desta nobre Missão! *

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Coroa de glória


Semeia o bem e você apanhara loureiros
A vida e como uma folha que nasce
Mas depende do caule, que depende da raiz
Que depende do solo, que depende da água
Que depende do homem. Para que de doces frutos
A arvore bem regada será como uma coroa para ti
Oh! Jardineiro de Deus

Assim e o amor ágape, eros e filo
Sem rancores com teus amores
Que dão mais, os que dão menos e os que nada dão
Na estrada da vida, e do amor siga seu professor
Mas saiba; você será o que quer ser
Remova as duvidas e não desperdice as modéstias
Não minto, simplesmente sinto e quando sinto; falo.
Eu e meus sentires...

Rosangela Colares

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Rosangela Colares: a diferença!


Rosangela

Sei da tua desilusão!

Sei que vieste com o propósito de num site de Literário, dar ar fresco para às nossas Almas de Escritores ficarem lúcidas e transparentes!

Rosangela, minha querida Amiga:

Tu melhor que ninguém sabes que nós Escritores somos Mulheres e Homens falíveis de errar!

Tu com o sorriso lindo da tua foto no Egipto concede o perdão e não partas!
Tu fazes a diferença!

Muita Luz
José Manuel Brazão

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O teu poema


Salta a vontade
de morder as sílabas
que se encavalitam
em poema,
dengoso mas sério.
Afasta-se
desenfreadamente
de um texto
incomodando-o e provocando-o.

Rasga-se na quadra,
em dois,
o número dos encantos
ou de tantos outros prantos,
que chora
e engorda de sonhos
aquele que vai no engodo
mas não é louco de todo…

ah poeta de mil cores
de carnes e dores
que magoam, mas entoam,
a desgarrada medida
de uma mentira sentida
(mas por si, já falecida)

ah poeta como te cheiro
em cada letra em cada seio
como sorvo aquela frase
trazendo as asas de uma ave
em brisa de verbo aliciar
(mas que não deixou de voar)

Provo eu cada pedaço teu
por uma lágrima que me nasceu


ah Poeta,
o teu poema, em mim, renasceu.

Vanda Paz

terça-feira, 21 de julho de 2009

Entender




Só uma reflexão: "A medida do amor é amar sem medida."(Santo Agostinho)
"Em certa idade, quer pela astúcia quer por amor próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar." (Marcel Proust)
"O amor sendo cego, os enamorados não podem ver as loucuras que cometem." (William Shakespeare)

Precisava tanto de ti hoje


Queria tanto ser espuma do mar
que te beija o olhar constantemente.
Ser a humidade que fica
entre os teus lábios quando se tocam.
Ser a semente da inquietude desse teu peito
encharcado de ternura.

Sempre desfolho a minha vida
em diário de cores intensas.
Mas sempre ancoro na palavra saudade
que suavemente me molha os pés,
deixando crescer a raiz dentro deste corpo
que te anseia.

Plano, em silêncio,
nesta distância que nos separa e que dói, tanto…
Viajo ao teu abraço, noites e noites,
na companhia das estrelas que calam o murmúrio
deste amor que não cessa.

São tantas as vezes que te beijo a alma,
em marés agitadas de madrugadas vazias de ti.
São tantos os sonhos que se empoleiram à janela
e te tocam em pontes de desejos
comandados pela voz penetrante e quente
que me deixa embriagada pela ilusão do aconchego.

Estendo o meu corpo ao luar
esperando que este me lamba e te entregue o meu sabor,
talvez te lembres do aroma do carinho em tons de branco,
pincelado de rosas vermelhas.

Mesmo na flacidez, insistente, do passar dos anos
ainda crescem, rijos, os seios que te pertencem…
ainda nasce o sol, quente, entre as minhas coxas
com a memórias dessas mãos de poeta
que anseia o poema em corpo embriagado de palavras insanas.

Vai-se fechando a noite e ficando para trás um grito mudo e ausente,
num pensamento que me acerca e que te implora:

- Precisava tanto de ti hoje, tanto…

Vanda Paz

Sonha-se ao ler este belo poema!
Sinal de que te expressas-me muito bem! Sempre!
Beijos

José Manuel Brazão

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Maternidade



No ventre de mulher
Tão longo como o tempo
No universo da vida,
Acorrentado para sempre
Nos alicerces que latejam
No coração…

O pulsar mais nobre
Na eternidade dos sentimentos
Essência do momento
O grito
No gemido
Jamais esquecido
No colo adormecido.

Ana Coelho

domingo, 19 de julho de 2009

Alma coerente


Se visses o que eu sofri…
Em tempos idos que foram
Talhados de muita amargura,
Mas sempre coerente comigo!

Se visses o que eu sofri…
Por um ser que muito amo
Não lhe trazer maiores mágoas,
Mas sempre coerente comigo!

Se visses o que eu sofri…
Por outros que pensei me amarem
Hoje uma certeza marcante,
Mas sempre coerente comigo!

Se visses o que eu sofri…
Quando um dia eu descobri
Que sofrer não vale a pena,
Mas sempre coerente comigo!

Luísa Simões Martins

sábado, 18 de julho de 2009

Estou vivo... para continuar a amar-te!


Como a vida me contempla!

Cada vez
te amo mais!

És o Sol,
O Céu, a Lua,
a natureza
no seu esplendor!

Um amor
Que envolve minha Vida,
Com alegrias
E tristezas
Momentos felizes
E sorrisos
De paixão e amor,
Com um coração que me diz:

Estou vivo…
para continuar a amar-te!

José Manuel Brazão

Choro silencioso



Quero gritar minha dor
Em um choro compulsivo me acabar
soluçar a ferida que no peito arde
soltar do coração essa paixão.

Mas me calo,
sufocando a minha voz
num choro silencioso
sem lágrimas e muita dor.

Sinto tudo descer e cair em
meus dedos, minha dor,
minhas lágrimas, meu amor
assim ele sempre se mostra.

No teclado do meu computador
será que você consegue ver
o que nessas palavras contem
pode ouvir os gritos que ecoa delas!

São palavras da ânsia do meu amor…

Poder da palavra

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A face da tristeza



Só uma reflexão: sempre ouvimos falar que a felicidade não tem preço. Há pessoas que dizem, sem muita reflexão, que faria qualquer coisa para ser feliz. Mas, na verdade há limites.(Rosangela Colares)

Mais uma reflexão: O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de fato só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência.(Friedrich Nietzsche)

Helinha: a visitante


Sucede muitas vezes os visitantes deixarem nos comentários como presente poemas!

Hoje no Blog "Tu e eu: emoções" foi a vez de Helinha de Belo Horizante e aqui publico o seu poema!

Os meus agradecimento com
Beijos
José Manuel Brazão


Sou jardim
quintal.
Sou sala
sou fogão
forno com pão.
Sou mesa posta
sou cama macia
travesseiro de ervas.
Sou roseira na janela
Sou casa.
Mas a luz só ilumina, amigo,
quando chegas dentro dela.

Helinha

Dia perfeito



Hoje está fazendo um lindo dia!
Aquele dia perfeito pra namorar
O sol está suave, aconchegante
Ouço o cantar dos pássaros
primavera em pleno inverno!

Seria um dia perfeito se você
Meu amor, estivesse juntinho de mim
Faríamos um piquinique, em baixo
De uma linda arvore, com direito a formigas

Muito beijinho, eu passaria horas
Junto de você, rindo gostoso das coisas que
você diz, seu jeito de falar, adoro...
Seus carinhos, sempre perfeitos!

Mas você não est, então sento
Em uma cadeira na varanda e fico
Contemplando esse lindo dia
Que não é perfeito, pois ele não tem você

Mas pensando bem, com sol ou chuva
Seria perfeito, junto de você...
Meu amor...

Poder da palavra

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Arrebatadora


Arrebatadora
Era a palavra que morreu
Sem nunca ser dita
Morreu virgem
Do seu momento
Morreu ausente
De sentimento

Pálida a parede
Que esconde o horizonte
Limita o fundo
E castra o olhar
Ao azul do céu
Ao calor do sol
Ou ao verde do mar

Arrebatadora
A parede
Que morreu
Virgem
No fundo do olhar
Castradora do momento
Do calor
Do céu
Do mar

Do sentimento

Vanda Paz

Fases



Se me procuras na lua,
estarei no sol
se subires até lá
não encontrará
pois estou em todo
lugar, sem estar.
Sou a frase solta
um pensamento ao vento
Sou o poema que
o poeta rascunhou
Sou uma ...sou todas em uma...
Sou uma alma que geme de dor de amor!

Poder da palavra

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aprender contigo, sempre!



É na força do teu abraço
que aprendo a tua dor.

É na timidez do teu sorriso
que aprendo a tua incompreensão.

É no brilho dos teus olhos
que aprendo o quanto és feliz,
ensinando-me a viver
com as barreiras da diferença.

Sei que sou o teu mundo
e prometo-te, filha, que não vou desistir.

Vanda Paz

terça-feira, 14 de julho de 2009

Renascendo

domingo, 12 de julho de 2009

Poema do Homem só


Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.

Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;

Dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;

Dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,

Este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.

António Gedeão

Amor ferido


Mulher
de amor e paixão,
generosa,
determinada,
dá-se aos outros
com aquele coração,
palpitando,
com veias de amor!

Mulher
bela e cativante,
estonteante
de fácil sedução,
sempre
comigo à espera,
para lhe dar a mão!

Mulher
Carente de amor,
amor solidário,
que encontra em mim,
o seu amigo
de hoje e amanhã,
da amizade sã.

Mulher
de amor ferido
que não morreu…

José Manuel Brazão

Mulher



Escrevo o que sinto
e quando sinto fogo a queimar
dentro de mim;

É hora de escrever, minhas emoções
meus segredos camuflados,
minhas loucuras,
desejos proibidos,
minha alegria,
minha fúria....

Quando escrevo sou autêntica
sou várias e sou única.....
Quem poderá desvendar os mistérios
que habita no coração de uma mulher...

Quantos sentimentos, cabe em um coração feminino poderias contar?

Sou capaz de fazer amor com fúria
e fazer da minha fúria um momento de amor!

Sou Mulher!

Poder da palavra

sábado, 11 de julho de 2009

Ana Coelho


“Rascunhos & Sentimentos” tem o prazer de vos apresentar o POETA DA SEMANA :



*****



"Ana Coelho"



*****


"No caminho das emoções" saúda-te por esta distinção e considera-a de elementar justiça!

José Manuel Brazão

Vencendo desafios


Se alguma vez eu penso em desistir
há uma voz que diz: não desanime,
se continuas, logo se define
uma vitória certa no porvir.

A experiência da vida nos previne
que há necessidade de insistir
nos caminhos que estamos a seguir
mesmo que aos obstáculos se abomine

Os desafios à vida dão sabor
conquanto de momento sejam maus
são para o crescimento quais degraus


Movidos pela fé e pelo amor
não temeremos pedras na estrada
e vamos completar nossa jornada

Rosangela Colares

Depois


Depois
caiu o corpo em lençol branco,
ou nuvem que aparecera
em céu estrelado.
As gotas de suor escorriam,
quem sabe,
já o orvalho da manhã a nascer.
O sorriso, um sol crescido.
O calor da pele,
um Verão desavergonhado
com o tom da tua voz.
Os olhos fecham-se com a noite
em orgasmos fecundados pela lua.

Vanda Paz

Lisboa minha cidade


Lisboa,
minha cidade,
onde nasci
e tenho vivido,
crescido,
aprendido,
ensinado
e criado
tudo aquilo que me deste,
até a liberdade,
que uns sabem usar
e outros abusar.
Quase toda te conheci,
de oriente
a ocidente,
mas há sempre um cantinho,
desconhecido
ou mal observado,
durante este caminho,
igual à minha idade.

José Manuel Brazão

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sinto


Sinto
A realidade gritante
Dos dias de primavera
Longínquos
A dor muda que afoga o peito

Sinto
A voz estonteante do espelho
A imagem envelhecida pelo tempo
Sem sedução
O calor desértico deste verão chuvoso
Onde baloiçam as nuvens

Sinto
Pressinto
A levitação do chão
Onde dormem os pés
Cansados de caminhar

Sinto
A rouca razão que não quero escutar
Espanto o vento
Na esperança de não ver a nu
As rugas de um corpo que nada desperta

Sinto
Que tudo é mortal
Neste temporal de emoções
Que sinto sem querer sentir
Fantasmas reais
Envoltos de mistérios perdidos
Encobertos pelos olhos cegos
Dos sonhos inacabados
Em memórias

Sinto
Acordar
Tudo que desejo adormecido

Mas ainda assim
Sinto
Todo o amor profundo
Inconfundível
Que nada pode apagar

Sinto
As lágrimas molhadas
No rosto triste
Na tristeza de saber chorar…
Quando só quero sorrir…

Ana Coelho

Exílio


Quando a pátria que temos não a temos

Perdida por silêncio e por renúncia

Até a voz do mar se torna exílio

E a luz que nos rodeia é como grades.

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Aprendi a sorrir



Amo contemplar o Mar...
E aproveito pra meditar.
Não sei como foi seu dia...
Espero que tenha sido produtivo e agradável, afinal, quantas barreiras enfrentamos.
Barreiras visíveis e invisíveis, não é?
Mas a vida, também nos oferece um banquete a cada dia.
Espero que você tenha experimentado algo "doce" hoje.
Bem...agora, relaxe e sinta a sensação boa do dever cumprido.
Hoje foi dia de beleza. Fui andar na praia durante o dia. Amei.
Saí na janela agora e meus olhos se extasiaram com o que vi.
Isso foi um presente, pra compensar algumas "adversidades".
Não sei aí onde você está, mas aqui...
Tem uma lua exuberante, linda demais.

Deixe que seu brilho ilumine sua alma, e que nesse momento se renove suas esperanças de que amanhã tudo será ainda melhor.
Aprendi a sorrir, mesmo que haja problemas, faça assim também você saberá driblá-los. Hoje vou dormir olhando pra ela.
A lua me encanta completamente. Assim como tudo o que Deus fez, para que não esqueçamos a imensidão do seu amor por nós.

Rosangela Colares

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Na casa dos meus Pais




Desde miúdo que me lembro de ver na porta de entrada da casa dos meus Pais um azulejo com a seguinte inscrição:

“ Tem minha casa um brasão
d’entre todos o mais nobre;
receber sem distinção
tanto o rico como o pobre. “

Portanto desde sempre fui educado e me habituei a encarar a Vida em que todos somos iguais e todos somos diferentes.

Desde miúdo que me “cheirou” a Poesia na casa dos meus Pais.

A casa já não é nossa, o azulejo sem paradeiro, mas os princípios de vida mantêm-se!

José Manuel Brazão

terça-feira, 7 de julho de 2009

Amigo



Amigo.

Chamo-te assim, mas sei que és um anjo.
O meu anjo, que me socorre quando estou
em perigo, quando estou em prantos.
Abraça-me e diz: chora que faz bem!
As lágrimas lavam a alma!

O que faria eu sem ti...

Quando dói o meu peito e sinto
que vou morrer de amor, tu estás
ao meu lado, com tua palavra de grande
sabedoria e trazes-me a esperança.

Ah meu anjo, sem ti o que faria eu?

Teu carinho, tua atenção, tuas mãos
tão presentes em amparar-me!

Sabes que suportaria perder uma paixão!
Mas não saberia viver sem ti!

Amores vêm e vão mas, amigo igual
a ti é um tesouro raro, que não se acha
em qualquer lugar...amigos também dizem:

"Amo-te”.

Poder da palavra

ELA




Ela, é um mistério pra mim...
Seu sorriso e alegria contagia
Por onde Ela, passa deixa seu charme
Sua energia, é natural vem de dentro
Ela é sensual, tem o poder de embriagar
com suas palavras quem a ouve
Sempre marcante, quem a conhece
nunca esquece...


Ela é guerreira, ela é fera
luta por aquilo que acredita
Decidida, impetuosa mulher....
Mas dentro dela ninguém
nunca esteve, nunca pode ver seu coração.

Ela trava uma luta com ela mesma
Ela quer saber porque tudo é tão pouco,
Porque Ela pensa tanto...
E porque vê o mundo de outro ângulo
ninguém nunca a viu despida dela mesma
Nunca se mostrou, tem medo a maioria não
a entenderia...mas ninguém sabe desse mistério
que a envolve, pois ninguém tem o segredo
da porta pra entrar

Ela, que ser contraditório...
Ama é feliz, canta, dança, ela é uma animação
não tem mau humor e nunca diz não
pra quem precisa dela...
Parece que dentro dela tem uma alma
que não é dela
Grande, faminta querendo voar
mas voar pra onde?

Porque Ela está sempre em busca de algo
e quando encontra, inventa outra busca
Ah....Ela não tem jeito...
Mas ela sempre da um jeito
ELA...eu queria entender ELA....

Poder da palavra

A beleza


A beleza
Sempre foi
Um motivo secundário
No corpo que nós amamos;
A beleza não existe,
E quando existe não dura.
A beleza
Não é mais do que o desejo
Fremente
Que nos sacode...
O resto, é literatura.

António Botto

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Amor real


Entregaste-me todos os sonhos
Que minha alma desejou um dia.
Os fadaste no nosso encontro.
No palpável jubila o amor; alegria!

Alforrias-me da subjetiva dor; delírio!
Da angustia do nunca ser.
Do desejar sem poder...O martírio!
Sofrer! E versejando esconder.


Não imagino estrelas cadentes
As trouxestes em teu olhar
Nem queimo mais em fogo ardente
O desejo em teu corpo posso aplacar


Não preciso voar o buscar terminou...
Colorido, lindo por demais!
Abraços, carícias e beijos hoje; reais!
Feliz finalmente o real me ganhou!

Rosangela

Juro e sinto



Feho os olhos e vejo você!
Está aqui, agora, sinto tua respiração...
Acelerada, ouço o coração, bate forte
Parece que vai saltar para fora
Sim, ouço sua voz que fala baixinho
Sinto o hálito quente de sua boca
que chega perto, muito perto, num
beijo longo...quente, urgente, cheio
de paixão e saudade...ah amor...juro que sinto!!!
Sinto suas mãos desvendando meus segredos
Um a um descobertos com beijos,
Meu corpo esquenta, meu coração dispara
Respiro forte, um gemido escapa...
Seus carinhos incendeiam-me...
A cada toque fico mais entregue
Tua toda tua...sinto minhas pernas bambas
O cheiro do seu amor embriaga-me
Doma-me os sentidos, já na insanidade
Que encontro-me peço: faça-me tua
Entra em meu ser, seja eu e você
Uno...porque esse amor pegou-me!

Poder da palavra

A vida

domingo, 5 de julho de 2009

Amor colossal


Não gosto de clichês, mas o que seria do amor sem eles?
Qualquer sentido de semântica se dissolve perto da magnitude de minha atração e sentimentos por você, como se fossem chocolate ao leite para seus lábios.
Eis, então, minha tentativa precisa de te dizer o quanto você é importante para mim.
Começando pelo fato de que o conceito de felicidade, para mim, foi remodelado, de um platonismo distante para uma fonte próxima, abundante e constante onde tudo o que eu jamais imaginara se tornou possível com sua simples presença áurica maravilhosa, a partir do momento em que eu permiti você a instalar-se literalmente, na minha vida e, consequentemente, eu na sua.
Mas o melhor de tudo é que o que eu sinto por você é atemporal, perene e sólido, não há meios de ser desprezado, e será grandioso pela eternidade.

Rosangela

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vida?


A vida?
Diga mal da vida quem a tem!
Eu tenho?
Vida não tenho!
Eu não vivo!
Sobrevivo meste mundo cruel e frio...
Tiago Freitas

O menino de sua mãe




Tiago Freitas

O menino de sua mãe


No plano abandonado
Que a morta brisa aquece,
De balas trespassado
- Duas, de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
"O menino da sua mãe".
Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 2 de julho de 2009

The lonely man (O homem Solitário)



Como se pode recusar um convite de um colega que neste gesto apresentou um dos sentimentos mais sublimes: a humildade!
"Peço ao "mestre" que leia e comente o meu texto Lonely man, isso é se obviamente o quiser....obrigado pela atençao"
Blackbird

Caro Amigo muito sucesso e continua a ser quem és!
José Manuel Brazão

The lonely man (O homem Solitário)

aAndando numa estrada de nada
Caminhando ao lado de ninguém
Vai o homem solitário…

Vagarosos são os seus passos
Arrastando solidão
Mergulhando na escuridão
Desfaz-se o ser incompleto.
Nada teme nada há para temer…
Nada perde nada há para perder…

Dizem que na sua existência;
O Homem apenas procura uma coisa:
Dar amor e ser amado!
Mas como se dá amor
Se ninguém o receberá?
Como recebe amor,
A alguém que não se sabe existir?

É o homem solitário que ali passa
E ninguém o vê!
É o homem que passa no vazio
Sem ninguém o saber!

Cada passo cuidadosamente estudado.
Cada que a alma interpõem
Com a incerteza de se viver;
Com medo do vazio,
Pois um passo em falso
E acaba-se o que não se começou:
A vida!

Caminhando lado a lado de quem ama
Passos entre passos e passa despercebido…
Nunca o viu,
Nunca ninguém o vê,
E ninguém o verá!
Manchado de tinta invisível,
Como é possível alguém o ver
Passa nas sombras lá longe de o não ser
E a fim de contas tão perto de o ser!

Passo a passo vê quem ama,
E deseja ser.
Mas é o homem solitário
Que passa na estrada da solidão,
Caminhando na réstia de esperança;
Que não lhe consumiram do coração…

Blackbird

S. O. S.



Doei-me sem restrições.
Mostrei possibilidades.
Sustento.
Leques de opções.
O sulco da vida.
Encantei e encanto .
Seduzi.
Nada impedi.
Apenas pedi preservação, cautela.
Deixei ser explorado.
Contudo a ambição desfreada,
a falta de conscientização,
a té mesmo de informação...
Faria de uma gota.
Um oceano de lamentações.
Ameaças.
Conseqüências drásticas.
Mazelas.
Fome.
Poluição.
Guerra .
Destruição
O que era doce.
Pode virar fel.
O planeta esta ameaçado.
Florestas.
Rios.
Flora.
Fauna.
Prestes a acabar.
Tudo virou caos.
Frio no verão.
Frutos e flores fora de estação.
O âmago do coração
com batimentos descompassados.
Lento.
Acelerado.
Feito uma bomba relógio a ser detonada.
O pulmão começa a sufocar.
A rarear o ar.
O que era pra ser alertado antes
evitando problemas .
Ficou guardado.
E hoje é gritado ao mundo.
Que pena!
Com isso,virou nosso maior dilema.
A casa já foi assaltada.
Agora o que fazer?
Precisamos reagir.
Buscar soluções.
O coração ainda bate no peito.
O pulmão pode ser reabilitado
Todo filtro trocado.
Não é hora de atirar pedras.
Precisamos ter atitudes.
Arregaçar as mangas.
Agir.
Andar a jato.
Faça sua parte.
Recicle idéias.
Evolua.
O seu planeta.
O meu planeta.
O nosso planeta.
Ainda pode ser salvo.
Contribua.

Iolanda Brazão

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rosangela: Solidária na Vida e na Poesia

Simples assim...


Soprando afeto, vou multiplicando meus eus
Percorrendo a vida, em sonhos avarandados.
No campo da emoção faço minha cama.
Às vezes lágrimas, sob sorrisos disfarçados.

Vou brincando de ferver minhas artérias.
Equilibrando pensamentos esmiuçados
Brinco na fantasia pálida do delírio
O chão adubo de sonhos, desejos eriçados

No céu rabisco todos os sentimentos.
Alimento-me do cheiro da chuva, do vento
Nas veias da ilusão passeio sem culpa
Nas utopias e nos caminhos que invento

De nada adianta esquadrinhar as causas.
Sou feita de nós e de abundantes pausas.

Glória Salles